Há dois anos sem negociação salarial, os empregados da companhia em Curitiba aprovaram por ampla maioria, nesta quarta-feira (20), indicativo de greve da categoria. A decisão foi tomada em assembleia dos funcionários, realizada em frente a sede da empresa.
As perdas acumuladas pelos funcionários, devido aos anos em que não houve acordo de trabalho firmado entre os sindicatos e a empresa, chegam a 30% dos benefícios, como no vale-alimentação. Neste ano, retomada as negociações das entidades com a Cohapar, vem insistindo numa proposta que não contempla os prejuízos de seus funcionários.
Outra medida da Cohapar na atual negociação é a vinculação da aprovação das propostas à desistência de ações judiciais movidas pelos sindicatos pelo cumprimento dos reajustes previstos nas convenções do setor durante os anos em que não houve negociação de acordo.
Segundo o diretor-secretário do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), Leandro Grassmann, a negociação salarial da Cohapar é reflexo de uma política de repressão e não reconhecimento da valorização do seu quadro funcional.
“Além de acumularem perdas históricas no salário e nos benefícios, os empregados da Cohapar tiveram, de forma opressora por parte da empresa, o dia de pagamento de seus salários alterados, o que causa um transtorno a todos os funcionários. A insatisfação dos empregados com o desrespeito da empresa, não apenas nas questões salariais mas na falta de qualidade das relações de trabalho, está muito bem representada na aprovação do indicativo de greve”, afirma o diretor do Senge-PR, uma das entidades sindicais que representam os funcionários da empresa de habitação.
A definição da data de paralisação dos empregados será votada em assembleia da categoria a ser realizada até o dia 1.º de setembro. O Senge-PR, e os demais sindicatos realizarão na próxima semana, assembleias nas regionais da empresa para votação do indicativo de greve.
FONTE: esmaelmorais.com.br
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