Donos de cerca de 18 cantinas em uma área do Porto de Paranaguá protestam contra uma medida, segundo eles autoritária, por parte da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Os comerciantes dizem terem sido colocados para fora do local sem nenhuma notificação oficial.
Por sua vez, a Appa explicou que as cantinas eram irregulares e a medida foi tomada por meio de um pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que solicitou a regularização de uma área que foi invadida. A demanda do MP faz menção, ainda, a existência de prostituição infantil nas redondezas da área, de acordo com a assessoria de imprensa da Appa.
Comerciantes na bronca
“Estamos há 30 anos aqui fazendo lanches e cafés aos portuários. Ontem vieram verbalmente falar que tínhamos que desocupar a área sem direito a nada. Queremos ao menos uma indenização ou poder ir a outro lugar. Como vamos sustentar nossas famílias, saindo assim do nada?”, questionou Juliana Colaço de Oliveira, representando os demais comerciantes.
Segundo Juliana, na manhã de hoje um caminhão e um trato estão retirando as cantinas, com apoio da guarda portuária. “Nós temos comprovante de água e de luz, não é assim que tem que ser feito. Ninguém pensa nas famílias que serão afetadas”, lamentou.
Confira a resposta na íntegra sobre o caso por parte da APPA
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) iniciou na manhã desta terça-feira (06) a retirada de cantinas irregulares que estão instaladas em áreas da Appa. A ação atende uma demanda do Ministério Público que tem questionado a Appa sobre a necessidade de regularização da área invadida. A demanda do MP faz menção, ainda, dA existência de prostituição infantil nas redondezas da área. Ao todo, 18 cantinas e outros tipos de comércio serão retirados do local, nas imediações da avenida portuária.
Em gestões anteriores, estas áreas públicas foram concedidas para amigos e parentes, sem licitação e em condições ilegais. Para piorar a situação, alguns comércios não têm ligações de esgoto e água regulares, apresentando alto risco sanitário.
A Appa tem avisado previamente os proprietários sobre a retirada dos comércios irregulares e está providenciando a remoção dos pertences daqueles que acataram a decisão de retirada. Como gestor público, é papel da Appa fazer cumprir as determinações legais e não quer, de forma alguma, causar prejuízos a quem quer que seja. As áreas públicas precisam ser restituídas e a instalação de comércios na região, no futuro, é possível, desde que seja regulamentado os serviços e o tipo de produto comercializado.
fonte: banda b / reportagem video tvci
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